sábado, 26 de março de 2016

Carlos Medeiros



Apenas espaços,

por habitar. Ou já desabitados?

Horizontes distantes. Reais,

ou imaginados para a vista repousa?

Outras vezes detalhes,

estilhaços visuais.

Antes peças de um puzzle

aguardando construcção.

O preto e o branco,

confronto constante

e o cinzento também ,

mas sempre insuficiente para atenuar o contraste.

Manhã, tarde, noite.

Do luminoso ao sombrio.

E de súbito uma ligeira brisa,

quase um vento talvez.

Vem do mar?

Perturbação momentânea.

Depois um grande silêncio,

que se abate pesado.

Nem uma partida, nem uma chegada.

.

                                                            Carlos Medeiros

                                                              Fevereiro 2016

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